dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     02/05/2024            
 
 
    
Sorgo      
Sorgo sacarino é boa alternativa para etanol
Cultura pode ser usada em locais onde não há zoneamento para cana-de-açúcar, em áreas mais secas ou de clima temperado
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Juliana Royo
26/07/2010

Durante a primeira crise do petróleo, em 1975, o governo federal começou a investir em pesquisas sobre a produção do álcool no Brasil e criou o Programa Pró-Álcool. Na época, além da cana-de-açúcar, o sorgo também foi estudado e duas cultivares de sorgo sacarino chegaram a ser lançadas para alimentar pequenas indústrias de álcool em locais mais distantes do País. No entanto, as tecnologias da cana se desenvolveram mais, o governo passou a apostar apenas nas grandes indústrias e o uso do sorgo para etanol foi descartado. Em 2009, com incentivos do atual governo federal, as pesquisas foram retomadas e os pesquisadores acreditam que o sorgo sacarino pode ser uma ótima opção complementar à cana-de-açúcar, principalmente para regiões mais secas ou muito frias e onde a cana-de-açúcar não tem zoneamento agrícola. A grande dificuldade é o planejamento industrial e o desenvolvimento dos sistemas de produção de sorgo sacarino.

— Nós chegamos a montar quatro a cinco usinas-piloto de 100 a mil litros por hora e já comprovamos o conceito de que dá para fazer etanol de sorgo. Mas, em 1985, o governo federal mudou a estratégia, dedicou o investimento só para grandes destilarias e nós paramos o nosso programa de melhoramento. Nós guardamos as cultivares em desenvolvimento, mas foram lançadas duas cultivares: a BRS 506 e a BRS 507. Elas são as duas das melhores cultivares para produzir etanol de sorgo sacarino. Em 2009, nós retomamos este programa de melhoramento não só para produzir variedades como para produzir híbridos — explica o geneticista Robert Schaffert, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo.

Schaffert é um dos palestrantes do Simpósio Estadual de Agroenergia, que acontece em Pelotas, no Rio Grande do Sul, de 10 a 12 de agosto. Ele explica que há duas maneiras de produzir o álcool a partir do sorgo sacarino, usando as tecnologias de primeira e segunda geração. No primeiro caso, é feita a extração de caldo com açúcar, assim como se faz com a cana. Dessa forma ele pode ser usado na entressafra da produção de cana ou para indústrias de menor porte e de regiões onde a cana não pode ser plantada. Já a tecnologia de segunda geração usaria a lignocelulose para produzir álcool, mas ainda está sendo estudada. Para o pesquisador, o que falta agora é desenvolver pesquisas sobre os sistemas de produção do sorgo sacarino que vão ajudar também os produtores a entender como funciona melhor a cultura.

— Um dos desafios é o planejamento industrial. É preciso ter material no pique de açúcar para se ter um bom rendimento e lucro, precisa ter colheita de matéria-prima diariamente na porta da usina. Acho que, hoje, um dos assuntos mais importantes é desenvolver sistemas de produção de sorgo mais adequados. Nós sabemos plantar sorgo gramífero, mas sorgo sacarino é completamente diferente. Nós precisamos de mais informações sobre densidade de plantio, espaçamento, como é o comportamento da planta, tem algumas variedades que perfilham e outras que não, controle de pragas para realmente se chegar ao melhor sistema para se utilizar esta matéria-prima para produção de álcool — diz Schaffert.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários
Integração reduz impactos ambientais
Além de emitir menos gás carbônico, lavouras, pastos e florestas integrados minimizam problemas com erosão e degradação do solo
Inseticida combate broca-da-erva-mate sem agredir ambiente
Bovemax, que deve chegar ao mercado este ano, utiliza apenas um óleo vegetal e um fungo que causa doença ao inseto da cultura
Pimenta bode: cheiro forte, frutos uniformes e ideal para conserva
Embrapa Hortaliças vai lançar pimenta em junho, mas sementes só chegam ao mercado para os produtores no ano que vem
Ração de galinhas poedeiras proporciona maior lucratividade na venda de ovos
Diminuição do nível de fósforo reduz custos da mistura
Dica: bê-a-bá da balança rodoviária
O emprego destes equipamentos reduz os custos operacionais e proporcionam agilidade. Para garantir pesagens seguras, no entanto, é importante estar munido de algumas informações.
O uso de maturadores na cultura do café
Alternativa de produto tem o objetivo de, com sua aplicação foliar, promover maior uniformidade da maturação e também a antecipação da colheita de 15 a 20 dias.
Produção de Híbridos na Piscicultura
Tecnologias como a indução hormonal e reprodução artificial, tornam a produção de peixes híbridos uma prática relativamente simples
A pecuária e os gases de efeito estufa
A qualidade da dieta do animal tem forte influência sobre a emissão de metano e é essa uma das principais linhas de pesquisa visando mitigar a emissão de GEE
A maior oferta de carne bovina no mundo depende de nós
Os números recentes da pecuária comprovam que a atividade responde rapidamente aos investimentos
O descaso das autoridades ocasionou prejuízos aos produtores de feijão
O que os produtores desejam são regras claras. Se não há recursos para cumprir as promessas, não as façam. Não induzam a pesados prejuízos os sofridos produtores brasileiros
Nova cultivar de feijão rende de quatro a cinco mil quilos por hectare
Indicada para produtores de PR e SP, a IPR Tuiuiú deve chegar ao mercado em 2011
Embrapa investe em tecnologias sustentáveis para combater doenças na lavoura
A expectativa é que dentro de dois anos novos produtos não tóxicos estejam disponíveis
Fitorreguladores equilibram desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta
Substância reguladora impede que algodoeiro cresça demais, reduzindo os custos de produção em 4%
Inseticidas usam bactérias para combater insetos nas plantações
Produto não agride o meio ambiente, é 100% eficaz e pode ser usado em diversos tipos de cultura

Conteúdos Relacionados à: Agroenergia
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada